As motivações de desvios éticos no âmbito privado e público podem ocorrer de diversas formas e por variadas situações. Como funcionários ou colaboradores devem agir no exercício de suas funções? O que é ético para uns, seria para outros?
Quando falamos de ética, não há margem para relativização, agir com ética é, principalmente, estar condizente com os valores constitucionais que permeiam a sociedade brasileira, é ter consciência e responsabilidade dos seus atos em relação ao outro, inclusive, atos permanentes, que podem refletir diretamente na sociedade.
Ocorrerá o desvio ético, ocasionado pela tentação, quando a empresa não possui uma cultura organizacional ética, atua sem propósito, não há senso de pertencimento dos funcionários, que podem ceder a todo tipo de abordagem corruptiva. Pela pressão, quando, o atingimento de metas a qualquer preço, gera um comportamento de competição nocivo, juntamente, com a prática de pequenas fraudes para o atingimento das metas.
Assim, a ausência de ética nas Organizações compromete a governança da empresa, contamina o ambiente e pode representar um grande risco à sua longevidade. É fundamental reconhecer quando práticas antiéticas serão reprimidas ou aceitas pelas empresas, uma vez que, nem sempre, determinadas condutas são rechaçadas pelas Instituições, sobretudo, pelo sistema darwinista que permeia as relações empresariais.
Por isso, a importância de um código de conduta e/ou ética nítido, que expresse os valores da Instituição, não havendo margem para interpretações individuais. A internalização da ética vem do topo, onde a alta e média liderança devem pautar a Organização com uma gestão ética.
Texto por: Advogada Eliane Pereira