• Ayla Miranda

A banda Muse lançou o videoclipe “Compliance” e segundo a jornalista Amanda Faria do site portalpopline.com.br, os músicos denominam Compliance como “uma promessa de segurança vendida à nós por entidades poderosas durante os tempos de vulnerabilidade”. 

Um trecho da música diz: “We can save you (Nós podemos te salvar)… Just give us your compliance (Basta dar-nos a sua conformidade)”.

Quando falamos de conformidade, ética e integridade, estamos falando de pessoas e o contexto que as sociedades estão inseridas. O Brasil é um dos países que está com índice de percepção de corrupção mais baixo e isso demonstra que o país está estagnado, sem ter avançado no combate à corrupção.

Compliance é muito mais do que estar em conformidade, uma vez que cumprir leis e normas é o certo a se fazer e de fato não irá nos salvar e não devemos romantizar os programas de conformidade, como se fossem solucionar todos os problemas e trazer segurança.

Devemos promover a ética, alinhada ao compliance, reduzindo condutas que levem a corrupção desenfreada, uma vez que a conformidade não é dada, mas construída a longo e médio prazo, tendo como base uma cultura organizacional íntegra e se constituindo como um instrumento de mudança de comportamento da sociedade.

E esta ética não pode ser uma agenda somente para evitar aplicação de multas e afins, mas sim uma gestão proba, aliada à conformidade. Citando o professor Alexandre Di Miceli, “um programa de conformidade sem mudança da cultura ética está fadada ao insucesso, porque não existe organização saudável, em uma sociedade doente”.

Por Eliane Pereira