• Ayla Miranda

O universo empresarial contemporâneo apresenta cenários que podem ser descritos, no mínimo, como complexos: todos sabemos que o ambiente corporativo não é para amadores. Assim, a gestão de riscos apareceu como uma prática essencial para garantir a viabilidade e a prosperidade das organizações. 

Chamamos de gestão de riscos o processo que permite antecipar, analisar e enfrentar as ameaças que podem impactar os objetivos e operações de uma empresa. O primeiro passo é aceitar que a corrupção está sempre à espreita e que as falhas éticas e morais existem. A partir dessa premissa, começa um trabalho de desvendar o desconhecido, examinando minuciosamente as operações, processos e ambientes das operações, a fim de prever cenários que podem afetar o sucesso das organizações.

Para os profissionais que estão na linha de frente do Compliance e do direito, a gestão de riscos é a estratégia-chave para evitar crises legais e regulatórias. Ao identificar riscos antes que se materializem, é possível desenvolver planos de ação sólidos, implementar controles internos, políticas claras e procedimentos robustos. Ações preventivas que minimizam a probabilidade de problemas e protegem a empresa de potenciais impactos negativos.

Já para os CEOs e gestores, a análise de riscos oferece uma vantagem competitiva inestimável. Ao avaliar riscos em potencial, as organizações podem adaptar suas estratégias para enfrentar desafios iminentes e aproveitar oportunidades. Essa abordagem proativa permite uma resiliência estratégica que impulsiona o sucesso a longo prazo.

É importante ter em mente que a gestão de riscos não é apenas um conjunto de ferramentas; é uma mentalidade. Para os profissionais de Recursos Humanos, isso significa nutrir uma cultura de conformidade, promovendo a conscientização dos colaboradores sobre a importância de cumprir normas e diretrizes. Fazendo isso, a empresa transforma a cultura do jeitinho e da malandragem, estabelecendo a ética como um valor central, que permeia todas as camadas da organização.

A jornada da gestão de riscos é um constante aprendizado, que envolve monitoramento contínuo e respostas ágeis aos incidentes que inevitavelmente ocorrem. Afinal, o ser humano é falho e a gestão de riscos não é apenas um conjunto de ações, mas um processo que evolui junto com as mudanças no ambiente empresarial.

No mundo competitivo e desafiador dos negócios, dominar a gestão de riscos é mais do que uma vantagem; é um empoderamento. A proatividade permite que as empresas naveguem pelas incertezas com confiança, tomem decisões informadas e enfrentem crises com resiliência, criando uma base sólida e impulsionando o sucesso sustentável.

Escrito por Roberta Castello Branco