Os níveis de risco de suborno na sua empresa.

Suborno tem escala de riscos, você sabia?
O suborno, uma prática ilícita que compromete a integridade e a transparência,
infelizmente encontra terreno fértil em diversos setores da sociedade. No âmbito
corporativo, essa problemática atinge não somente as interações entre empresas e
seus clientes, mas também permeia as relações entre colaboradores internos e
funcionários terceirizados. O suborno, quando acontece entre esses grupos, cria um
ambiente propício para corrupção e desequilíbrio ético, minando a confiança
organizacional e gerando consequências tóxicas para todos os envolvidos. Neste
contexto, é crucial compreender as dinâmicas e os impactos do suborno nas
interações entre colaboradores e terceirizados, a fim de implementar medidas
efetivas que promovam a integridade e a justiça nos ambientes corporativos.
Diferentes categorias de fornecedores podem representar distintos níveis de risco de suborno. Por exemplo, os fornecedores com um escopo muito grande de trabalho, ou que poderiam estar em contato com os clientes da organização, ou agentes públicos pertinentes, podem representar “médio” ou “alto” risco de suborno. Já algumas outras categorias de fornecedores podem ser de “baixo” risco. Por exemplo, fornecedores que não têm interface com agentes públicos pertinentes para a transação ou clientes da organização.
Algumas categorias de fornecedores podem representar um risco “muito baixo” de suborno, por exemplo, fornecedores de pequenas quantidades de itens de baixo valor ou serviços de compras on-line para viagens aéreas ou hotéis. A organização pode concluir que os controles antissuborno específicos não precisam ser implementados em relação a estes fornecedores de baixo ou muito baixo risco de suborno.
Entre os profissionais considerados de alto risco de suborno nas organizações estão os executivos e gerentes de alto escalão, que possuem poder de decisão estratégica; os profissionais de compras e sourcing, responsáveis por grandes negociações; os funcionários terceirizados, que têm acesso a informações sensíveis; e os representantes de vendas, envolvidos em metas e comissões. Esses profissionais são alvos potenciais de suborno por parte de concorrentes, fornecedores, clientes ou até mesmo pela própria empresa. É essencial que as organizações identifiquem esses pontos de vulnerabilidade e adotem medidas preventivas para combater essa prática corrupta.
Para evitar casos de suborno, as empresas podem implementar uma série de
medidas preventivas. Isso inclui estabelecer uma cultura de integridade, com
políticas claras e abrangentes anticorrupção, além de treinamentos regulares sobre
ética. A realização de due diligence em parcerias comerciais, a implementação de
controles internos e a segregação de funções ajudam a reduzir riscos.
Monitoramento e auditorias internas, conscientização e treinamento dos
funcionários, bem como a criação de canais seguros de denúncia e proteção aos
denunciantes, também são medidas importantes. Cada empresa deve adaptar

essas medidas de acordo com seus riscos específicos e buscar orientação legal
para garantir o cumprimento das leis anticorrupção.
Escrito por Sergio Rodrigues – Advogado e Consultor em Compliance

A Meritum é uma solução tecnológica de gestão e controle de programas de integridade composta por ferramentas avançadas que visam auxiliar gestores a coordenar em tempo real os principais processos necessários para um bom desempenho da empresa no enquadramento de leis e boas práticas relacionadas ao tema.