Uma avalanche de escândalos, multas milionárias e perda de confiança vem assolando empresas que, na teoria, tinham tudo no lugar. Mas havia uma falha invisível: os chamados instrumentos normativos estavam ali, bonitos no papel, mas desconectados da prática.
Se o compliance é o sistema imunológico da empresa, os instrumentos normativos são os anticorpos. Só que, se mal construídos ou mal aplicados, eles não protegem, adoecem. E o que deveria ser escudo vira armadilha.
Não é a falta de políticas que destrói reputações. É a existência delas sem alinhamento real com os riscos, sem linguagem compreensível e, pior, sem aplicação. A maioria dos documentos que chamamos de “instrumentos normativos” nasce de modelos genéricos baixados da internet ou de tentativas internas mal orientadas.
As consequências não demoram a aparecer. Em 2023, o Banco Pan foi autuado pelo Banco Central em mais de R$ 1,1 milhão por falhas justamente em normas internas e controles de prevenção. O caso ganhou repercussão e expôs um ponto crítico: as empresas estão se preocupando mais com a existência do papel do que com sua força normativa.
Ter um Código de Ética ou uma Política Anticorrupção não significa absolutamente nada se seus colaboradores nunca foram impactados por ela de forma clara. Compliance não é lista de regras. É cultura internalizada, sustentada por documentos vivos.
E é aí que entra o diferencial de ferramentas como as da Meritum: traduzir risco em norma, e norma em ação. Instrumentos como as Políticas de Ética, Conflitos, Sustentabilidade e Compliance só funcionam quando nascem de um mapeamento profundo da realidade e se conectam ao cotidiano das pessoas.
Toda organização tem regras. Mas poucas têm coerência. A Política de Compliance é o coração pulsante do sistema de integridade, pois define os compromissos, responsabilidades e limites que orientam a conduta da empresa.
Ela precisa ser objetiva, realista e atualizada com base nos riscos específicos do negócio. Uma indústria química, por exemplo, não pode simplesmente copiar a política de uma startup de tecnologia. Ainda assim, é comum ver grandes players usando modelos genéricos, sem adequação.
A Meritum propõe uma abordagem radicalmente diferente: personalização baseada em análise de riscos reais, com linguagem acessível e foco na aplicabilidade. E os resultados falam por si.
Um bom exemplo é o caso da farmacêutica brasileira Eurofarma, que, em 2022, foi citada como referência de governança ética pelo Pacto Global da ONU. Um dos pilares apontados foi a robustez e clareza de sua Política de Compliance, disseminada em múltiplos canais e treinamentos contínuos.
Transformar um documento em cultura exige método. Exige intenção. E exige coragem para sair da zona de conforto da burocracia.
A maior parte das crises reputacionais começa pequena: um presente aceito sem registro, uma contratação sem análise, um fornecedor que também é parente de um diretor. Conflitos de interesse não são necessariamente ilegais, mas ignorá-los é.
A Política de Conflitos precisa ser clara sobre situações de risco e prever mecanismos para sua identificação, declaração e tratamento. E isso exige mais do que um documento esquecido na intranet. Exige uma abordagem viva, orientada por processos e cultura.
O escândalo envolvendo a Americanas mostrou, entre outros pontos, a fragilidade no monitoramento de relações que poderiam configurar conflitos. O estrago de R$ 20 bilhões no mercado não veio apenas da fraude contábil, mas da ausência de controles visíveis e confiáveis que sustentassem a confiança dos stakeholders.
Soluções como a da Meritum permitem criar políticas específicas, com fluxos de aprovação integrados e linguagem adaptada ao perfil da empresa. O objetivo é um só: evitar que a falta de controle sobre interesses cruzados destrua a reputação que levou décadas para ser construída.
Ser ético é fazer o certo, mesmo quando ninguém está olhando. Mas o que é “o certo” dentro da sua empresa? Sem uma Política de Ética bem definida, as pessoas acabam seguindo padrões pessoais, o que é perigoso em contextos corporativos complexos.
O Código de Ética não deve ser um texto bonito e institucional. Ele precisa oferecer orientações práticas, exemplos de condutas aceitáveis e inaceitáveis, além de esclarecer como denunciar violações e quais são as consequências.
Um estudo de 2022 da ICTS Protiviti revelou que 71% das empresas brasileiras ainda não possuem um canal de ética estruturado. E entre as que têm, a maioria falha em comunicar de forma clara os valores que deveriam ser inegociáveis.
A plataforma da Meritum oferece modelos inteligentes de políticas com gatilhos de atualização, integração com canais de denúncia e recursos de capacitação automatizada. Mais do que criar um documento, ajuda a internalizar o comportamento ético no dia a dia.
Empresas como o Grupo Boticário vêm se destacando nesse ponto, com uma política ética clara, ações educativas constantes e indicadores públicos de conformidade. O resultado? Reconhecimento internacional e confiança do consumidor.
Sustentabilidade deixou de ser diferencial, virou critério de decisão para investidores, clientes e talentos. Mas muitas empresas ainda tratam o tema como vitrine de campanha publicitária, sem sustentação normativa.
Uma Política de Sustentabilidade robusta é aquela que define compromissos mensuráveis, alinha-se com as diretrizes ESG e se conecta aos demais instrumentos normativos da empresa. Ela precisa integrar áreas como compras, RH, operações e marketing.
A Natura é um exemplo evidente. Suas políticas são públicas, integradas à governança e auditadas. Isso contribuiu para seu reconhecimento global no Índice Dow Jones de Sustentabilidade e sua adesão ao B Lab, que certifica empresas B.
Com a solução da Meritum, empresas conseguem desenvolver políticas de sustentabilidade personalizadas, com acompanhamento de metas e indicadores, além de integração com outras políticas do sistema de compliance. Não é discurso, é estrutura.
E, se ESG é prioridade estratégica, ele precisa começar no papel certo, com as palavras certas e os compromissos certos.
Se sua empresa possui um “programa de compliance” sem instrumentos normativos estruturados, acessíveis, aplicáveis e vivos, o que você tem não é um programa, é uma encenação. E esse teatro, cedo ou tarde, perde a plateia, os investidores, os clientes e até os próprios talentos.
Não há integridade sem normas. Não há cultura ética sem diretrizes claras. Não há blindagem sem política eficaz.
Os instrumentos normativos são a espinha dorsal do compliance moderno. Eles protegem, orientam, padronizam e provam, em auditorias e investigações, que a empresa tem maturidade e compromisso.
Ferramentas como a da Meritum surgem não como mais uma burocracia, mas como alicerces estruturais para organizações que entenderam que o risco não é ter regras demais, é ter regras mortas.
A pergunta que fica não é se você tem políticas. É: suas políticas funcionam?